Já ouviu falar em epilepsia em cachorro? A epilepsia é uma doença neurológica provocada por atividades elétricas excessivas no cérebro, levando a reações físicas, como:
Bastante conhecida em humanos, a doença também se manifesta nos pets de formas características. A epilepsia em cachorro é um problema comum em algumas raças.
Nos cães a incidência maior de epilepsia é a de origem primária, acometendo machos e preferencialmente raças puras como:
- Cocker Spaniel;
- São Bernardo;
- Boxer;
- Husky Siberiano;
- Border Collie;
- Outros.
Cerca de 4% dos animais sofre com epilepsia em cachorro. A doença manifesta-se geralmente entre os seis meses e três anos de idade. Já nos gatos o índice é um pouco menor, sendo cerca de 0,5% a 2% da população acometida por epilepsia de origem sintomática provável em casos de doenças infecciosas e traumas graves. Quer entender mais sobre a doença e seus principais sinais? Continue a leitura para saber tudo!
Como as crises de epilepsia em cachorro acontecem
As crises focais se originam em um hemisfério do cérebro levando a variadas alterações comportamentais mais leves e as crises generalizadas atingem os dois hemisférios do cérebro causando movimentos incontroláveis e involuntários de todo o corpo e perda de consciência. A doença é classificada em três categorias:
- Epilepsia primária (idiopática/genética);
- Epilepsia secundária (estrutural);
- Epilepsia sintomática provável (adquirida).
Algumas patologias podem ser confundidas com a epilepsia pelo fato de terem como uma manifestação clínica as crises convulsivas. As crises epilépticas podem ter intervalos de semanas até meses podendo aumentar a frequência e intensidade de acordo com a idade do animal. Recomenda-se que o animal em crise epilética seja levado imediatamente ao médico veterinário. Os portadores de epilepsia, quando tratados devidamente, geralmente conseguem manter uma boa qualidade de vida. ARTIGO PELA VETERINÁRIA BÁRBARA SENA
Principais fases da epilepsia em cachorro
Há 4 fases da atividade epilética que são de extrema importância para reconhecer os sinais que os pets podem apresentar antes, durante e após o evento convulsivo. A fase conhecida como prodromos é caracterizada por comportamentos que precedem as convulsões em dias ou horas. Geralmente, o animal tende a se esconder, ou demonstrar comportamentos de agitação e medo. A fase aura é descrita quando o cão ou gato apresenta sinais que indicam o início de uma convulsão. Essa fase pode durar de minutos a horas e ser caracterizada por:
- Vômito;
- Micção inapropriada;
- Salivação excessiva;
- Vocalização;
- Comportamentos de andar e lamber de forma compulsiva.
Sinais de contrações musculares involuntárias podem ser observadas na fase ictus. É nela que temos o evento convulsivo propriamente dito, que pode durar de segundos a minutos. Logo após este evento temos a fase de pós-ictus, etapa que ocorre posteriormente a convulsão. Durante esse momento o pet pode demonstrar comportamentos de:
- Cansaço;
- Agressividade;
- Letargia;
- Sede;
- Fome.
Os sintomas podem variar de acordo com a área encefálica que foi acometida, podendo apresentar sinais mais focais ou generalizados. Pets que apresentam sinais de epilepsia em cachorro precisam de atendimento e acompanhamento veterinário para garantir boa qualidade de vida. Evite medicar seu animal sem orientação, já que pode piorar o quadro. ARTIGO PELA VETERINÁRIA LOUISE MIALICK